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Investigação
Castelo Branco estuda insecticidas biológicos
por , LUSA05 Dezembro 2009
Escola Superior Agrária investiga duas das diversas espécies vegetais existentes na Península Ibérica
Trabalhos de investigação da Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco vão permitir criar insecticidas biológicos com uma planta e preservar uma outra espécie da região que é única no mundo, disse à Lusa Fernanda Delgado, docente e investigadora. A preservação e valorização da biodiversidade "é uma das áreas de intervenção" daquela escola do Instituto Politécnico de Castelo Branco que está a trabalhar com duas das diversas espécies vegetais da Beira Interior.
Estão sob os microscópios a Lavandula luisieri, rosmaninho específico do Sudoeste da Península Ibérica, e a Asphodelus bento rainhae, abrótea que só nasce na vertente norte da serra da Gardunha. No caso desta espécie única, a ESA já desvendou o segredo para fazer germinar a planta a partir da semente. A Asphodelus é parecida a um tubérculo e propaga-se de ano para ano no subsolo. Também tem semente, mas "não germina normalmente no seu habitat natural".
"O que conseguimos foi alcançar a germinação. Os resultados devem ser apresentados no próximo ano", referiu Fernanda Delgado. O feito permite "aumentar a variedade de plantas no local de origem", explicou. Para já a planta não tem qualquer aproveitamento, servindo os estudos para evitar a extinção e assim garantir a biodiversidade.
Na Lavandula Luisieri, a ESA está a estudar os componentes químicos da espécie para "produção de insecticidas biológicos, que protejam os produtos hortícolas das pragas, mas poluam menos", disse Fernanda Delgado. A investigação está a ser feita em parceria com o Departamento de Química da Universidade da Beira Interior e o CSIC - Consejo Superior de Investigaciones Científicas, em Madrid.
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