Desenvolvido método para prever as extinções no mundo animal

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Desenvolvido método para prever as extinções no mundo animal

Cientistas americanos criaram uma metodologia que permite prever quando uma espécie entra numa espiral de declínio que, se não se agir atempadamente, conduz à sua extinção. O procedimento foi desenvolvido em laboratório, resta agora ver se se pode aplicar in situ, na Natureza.

Foi recentemente publicado online na revista Nature um artigo sobre uma nova metodologia para detectar casos de espécies animais que se aproximam perigosamente da extinção. O procedimento envolve o reconhecimento de um fenómeno de “abrandamento” que caracteristicamente precede eventos de alteração drástica e que é aplicável em vários campos.

No caso das populações animais o “abrandamento” corresponde a uma incapacidade de reacção, uma dificuldade cada vez maior em reagir a fenómenos que provocam declínio populacional.

Os investigadores John Drake (universidade da Georgia) e Blaine Griffen deliniearam uma experiência em laboratório utilizando pulgas-de-água (Daphnia magna) para tentar identificar sinais de alerta que indicam a entrada nesta fase de "abrandamento".

Os cientistas utilizaram 60 aquários onde introduziram populações da pulga-de-água que alimentaram com algas, dividindo-as em dois grupos experimentais: ao primeiro foi fornecido alimento sem restrições ao passo que o segundo foi sofrendo uma redução progressiva na disponibilização de alimento.

Este grupo começou a “definhar” atingindo um momento-chave, aos 270 dias, a partir do qual a morte era certa em pouco mais de um ano. Comparando as tendências populacionais de ambos os grupos experimentais, Drake e Griffen identificaram quatro medidas estatísticas da abundância que os distinguem e que são sinais de alerta para o declínio final no grupo privado de alimento.

Resta agora determinar se a metodologia se pode aplicar in situ, na Natureza, confirmando-se como uma ferramenta de grande utilidade no campo da Biologia da Conservação. A dificuldade da aplicação desta metodologia aos casos de espécies selvagens reside, previsivelmente, na escassez de informação sobre as tendências populacionais que caracteriza os casos reais de pré-extinção.

Fonte: news.sciencemag.org

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