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    Investigadores dão forma a antepassado comum dos mamíferos

    Forda 3 CV
    Forda 3 CV

    Número de Mensagens : 2216
    13022013

    Investigadores dão forma a antepassado comum dos mamíferos Empty Investigadores dão forma a antepassado comum dos mamíferos

    Mensagem por Forda 3 CV

    http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56941&op=all
    Estudo publicado na «Science» refuta tese de que mamíferos se desenvolveram no tempo dos dinossauros



    Uma equipa internacional de investigadores conseguiu reconstruiu o
    antepassado comum dos mamíferos placentários, grupo que é hoje
    extremamente diversificado e que inclui tanto roedores como baleias e,
    claro, os humanos. Os cientistas utilizaram o maior conjunto de dados
    existente de características físicas e genéticas.


    Publicado ontem na «Science», o estudo revela que, ao contrário
    do que defendiam teorias anteriores, os mamíferos placentários não se
    diversificaram nas linhagens actuais antes do evento que levou à
    extinção dos dinossauros não voadores e de 70 por cento das espécies que
    existiam (há 65 milhões de anos).



    A pequena criatura comedora de insectos agora apresentada, prova, dizem
    os investigadores, que os placentários não se desenvolveram durante o
    Mesozóico, mas um pouco depois. Este animal é o antepassado que deu
    origem a todos os mamíferos hoje existentes.
    Investigadores dão forma a antepassado comum dos mamíferos 56942

    Espécies como roedores e primatas não conviveram com dinossauros não voadores”,
    afirma Maureen O'Leary, do Departamento de Ciências Anatómicas da
    Universidade Stony Brook (Nova Iorque) e uma das autoras do estudo.
    Acrescenta que estes “descendem de um antepassado comum e surgiram
    depois do desaparecimento dos dinossauro”, entre 300 mil e 400 mil anos
    depois.


    A equipa reconstruiu a anatomia do animal graças a fósseis de diversos
    placentários, comparando-os com a informação genética de mamíferos que
    ainda hoje existem. Este método permitiu determinar que características
    apareceram primeiro e quais se mantiveram intactas.


    Descobriram que este mamífero tinha um útero com duas trompas, um
    complexo córtex cerebral e uma placenta semelhante à humana, em que o
    sangue materno comunicava com as membranas que rodeiam o feto. Pesariam,
    estimam, entre 6 e 245 gramas.


    Fizeram também a árvore filogenética em que mostram as relações
    evolutivas dos mamíferos desde o Triásico – há 250 milhões de anos – até
    à actualidade. O bom estado do fósseis influenciou positivamente o
    rigor do estudo. “O registo que temos de mamíferos está repleto de
    fósseis muito bem preservados e não quisemos construir a árvore sem
    utilizar essa evidência directa”
    , afirmam.


    Entre esses fósseis encontra-se o de uma pequena criatura do final do
    Cretáceo, descoberta em 1994. Na sua pelve observam-se ossos
    epipúblicos, característicos dos marsupiais. Esta subclasse de mamíferos
    são placentários (retém as suas crias no útero e alimentam-nas através
    da placenta), o que demonstra a presença destes animais durante a etapa
    final da era dos dinossauros.


    A evolução destas espécies tem sido sempre registada no Cretáceo
    Superior. Pensava-se que tinham sobrevivido ao evento que levou à
    extinção dos dinossauros não voadores, na passagem do Cretáceo para o
    Paleogeno. Esta nova investigação sugere que estes se desenvolveram na
    época da extinção dos dinossauros ou pouco tempo depois.
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