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Portugueses demonstram inibição da entrada do VIH-1
Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Lisboa, mostraram como determinados medicamentos antivirais inibem a entrada do vírus VIH-1 nos glóbulos vermelhos e brancos humanos, num trabalho que será publicado na revista PLoS ONE.
Os resultados com estes fármacos - um já aprovado e outro em desenvolvimento para uso clínico - indicam aspectos que devem ser levados em conta quando se concebem e desenvolvem antivirais contra o vírus que provoca a sida.
Estima-se que diariamente sejam infectadas mais de 15 mil pessoas em todo o mundo, sendo Portugal o país europeu com maior taxa de novas infecções, afirma o comunicado do IMM, que noticia a descoberta.
Hoje em dia são usados medicamentos que visam manter a carga viral sanguínea em níveis baixos, mas há outras alternativas como os "inibidores de fusão".
Foi este tipo de fármaco o estudado no IMM, nomeadamente o enfuvirtide e um fármaco de segunda geração chamado T-1249, e que inibiu a fusão das partículas virais com as membranas das células, actuando, assim, antes da entrada do próprio VIH-1.
"O nosso trabalho vem mostrar que os fármacos de segunda geração podem ter ainda maior eficácia e uma das razões está na maior afinidade que têm para as membranas dos glóbulos vermelhos e dos glóbulos brancos", afirma Pedro Matos, primeiro autor do estudo.
Para Nuno Santos, Diretor do Unidade de Biomenbranas do IMM e líder da investigação agora publicada, os resultados são "relevantes principalmente para o desenho destas novas drogas, porque vêm mostrar que o mecanismo de acção destas drogas não funciona exactamente como se julgava".
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