Cientistas descodificam genoma do «Mammuthus columbi» e do «Mammuthus primigenius»
Duas espécies de mamute, o lanoso (Mammuthus primigenius) e o columbiano (Mammuthus columbi), habitaram a Terra em regiões distintas. O
primeiro viveu nas regiões setentrionais da América e Eurásia, enquanto
o outro distribuía-se nos climas mais amenos do sul.
Mas esta distância não impediu que se cruzassem. Num estudo agora publicado na «Genome Biology»
uma equipa de investigadores da Universidade McMaster (Canadá) comparou
o ADN de ambas as espécies. Foram descodificados e cruzados os genomas
de dois exemplares de mamutes-columbianos (um descoberto em Utah e outro
em Wyoming, EUA) com o genoma de um mamute-lanoso.
Os dois Mammuthus columbi
analisados neste trabalho têm 12 mil anos. Os mamutes desapareceram,
aproximadamente, há 10 mil, excepto nalgumas ilhas próximas das costas
da Sibéria e do Alasca.
“Estas duas espécies são muito diferentes fisicamente”, explica o investigador envolvido no estudo Hendrik Poinar. “Quando
o clima glaciar se tornou mais agressivo, os mamutes-lanosos foram para
sul, onde se cruzaram com os da Columbia, num momento da sua história
evolutiva”, acrescenta.
As duas espécies estavam bem adaptadas às condições ambientais em que
viviam. No entanto, o ADN mitocondrial de ambas é praticamente
indistinguível. Os exemplares podem até ser considerados híbridos de
lanoso e columbiano.
Artigo: Complete Columbian mammoth mitogenome suggests interbreeding with woolly mammoths
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