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Má qualidade agrava-se nos rios de Portugal
Quercus alerta para resultados preocupantes
Classificação «Má» aumentou dez por cento
A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza alerta para a má qualidade da água nos rios portugueses e “exige” ao Governo e autarquias uma intervenção consequente. “É urgente acabar com as fontes de poluição que persistem ao longo de décadas”, lê-se no comunicado divulgado pela entidade.
De acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, em 2008, 38 por cento dos recursos hídricos superficiais monitorizados revelaram qualidade «Má» ou «Muito Má». Este resultado é agravado relativamente ao ano passado – apenas 28 por cento possuía qualidade «Boa» e 34 por cento foi considerada «Razoável».
Os 12 locais com «Muito Má qualidade», em 2008, (ordenados a partir do sul) foram: o Rio Guadiana (Cais Alcoutim), Rio Trancão (Ponte Canas), Rio Lizandro (Porto da Carvoeira), Sizandro (Ponte do Aranha), Ribeira da Ota (Ponte Ota), Rio Maior (Ponte de Freira), Rio Alviela (Ponte da Ribeira), Rio Lis (Ponte Arrabalde e Monte Real), Rio Antuã (Ponte Minhoteira), Rio Douro (Foz do Corgo) e o Rio Vizela (Santo Adrião).
Apesar de no período entre 2001 e 2004 a percentagem de qualidade «Má» ou «Muito Má» ter-se mantido abaixo dos 30 por cento, desde 2005 que degradação da água está sempre muito próxima dos 40 por cento (tendo mesmo atingido esse valor em 2006).
Ainda não existem dados disponíveis para o ano 2009, mas a Quercus desenvolveu algumas análises pontuais em determinados rios, em conjunto com os resultados obtidos nas análises efectuadas em 2008. Da comparação dos resultados obtidos, destaca-se um aumento de dez por cento na classificação «Má», de 25 em 2008 para 35 por cento em 2009, e um aumento da classificação «Boa» ou «Excelente», 40 por cento em 2009.
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