Libertação de metano nos fundos marinhos no Árctico aumenta

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Libertação de metano pelos fundos marinhos no Árctico pode estar a aumentar
Depois do alerta no Verão passado assiste-se a uma potencial intensificação das fugas do gás com efeito de estufa da Plataforma Siberiana Oriental, causando preocupação entre os cientistas que prevêem um agravamento do Aquecimento Global.

Uma das consequências mais óbvias do Aquecimento Global é o degelo das massas de geladas, principalmente nas zonas polares. Para além da subida do nível do mar outro fenómeno preocupante que resulta desta degradação das massas de gelo é a libertação de gases com efeito de estufa armazenados sob os fundos marinhos do Árctico, que podem intensificar o próximo Aquecimento Global num ciclo vicioso.

Com efeito, o Árctico apresenta grandes depósitos de CO2 e metano armazenados debaixo do gelo que até recentemente eram considerados estáveis. No entanto, o recente aumento das temperaturas devido à maior concentração atmosférica de metano tem causado o degelo das massas de gelo dando origem a fugas do gás armazenado.

Depois do alerta dado pela comunidade científica no Verão passado, cientistas americanos vêm agora dar conta de uma possível intensificação da libertação de metano na Plataforma Siberiana Oriental. Com efeito, medições da concentração de metano atmosférico realizadas na zona revelam valores 100 vezes superiores aos normais e, nalguns casos, até 1000 vezes superiores.

De acordo com um relatório do US National Oceanic and Atmospheric Admnistration a temperatura primaveril na região entre 2000 e 2007 foi, em média, 4ºC superior ao registado no período de 1970-1999, o que corresponde ao mais rápido aumento da temperatura no planeta.

O aquecimento tem causado a fusão do gelo nos fundos marinhos desencadeando a libertação dos gases resultantes da decomposição de animais e plantas armazenados nos sedimentos. Embora normalmente, os gases sejam absorvidos pelo oceano, no caso das plataformas do Árctico, pouco profundas, o metano atinje a atmosfera acabando por originar CO2 dissolvido na água.

No pior cenário possível, se se ultrapassarem certos limites, assistir-se-á a uma libertação de toneladas de metano como já ocorreu na História da Terra o que terá sido a causa de extinções em massa. No total, são 1600 biliões de toneladas de gases que estão armazenadas nos fundos fundos marinhos – aproximadamente o dobro da quantidade de carbono atmosférica na actualidade.

No entanto, os cientistas são cautelosos e afirmam que é necessário detectar a causa exacta das fugas de metano, e “compreender quão depressa está a ocorrer a libertação e em que quantidades”.

Fonte: www.sciencedaily.com

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