Descoberto novo tipo de humano que viveu na Ásia

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Descoberto novo tipo de humano que viveu Ásia
O membro da subfamília Homininae terá vivido na Ásia Central há entre 48 000 e 30 000 anos atrás, podendo ter coexistido e interagido com ambos humanos modernos e Neandertais. O novo tipo de humano foi identificado a partir da análise de ADN extraído do osso de um dedo recuperado numa gruta na Sibéria.

A história da evolução humana nas zonas do Centro e Oriente da Ásia é pouco conhecida, sabendo-se actualmente que houve sobreposição das distribuições de duas formas de Homininae – os humanos modernos e os Neandertais.

No entanto, um estudo agora publicado na revista Nature, revela que para além destes dois tipos de Homininae, houve ainda um terceiro tipo desconhecido até à data. A descoberta resultou da análise do ADN mitocondrial extraído do osso de um dedo fossilizado recuperado numa gruta na Cordilheira de Altai, na Sibéria, levada a cabo por investigadores do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolutiva.

O estudo do material genético revelou que o último ancestral comum aos Neandertais, humanos modernos e a este novo tipo de Homininae viveu há mais de um milhão de anos, tendo depois ocorrido uma divergência, com esta linhagem a seguir um caminho evolutivo independente do da linhagem que mais tarde viria a dar origem aos Neandertais e aos humanos modernos.

Visto que a divergência entre humanos e Neandertais ocorreu há cerca de 500 000 anos, a presença do novo tipo de humano na Sibéria é resultado de uma migração com origem em África anterior à da linhagem dos humanos modernos/ Neandertais e desconhecida até agora.

O novo tipo de Homininae não pode corresponder a um descendente de Homo erectus, que migrou para a Ásia há cerca de 2 milhões de anos, nem a um descendente de Homo heidelbergensis que surgiu há apenas 650 000 anos.

A presença deste novo tipo de Homininae na Sibéria entre há 48 000 e 30 000 anos levanta também a hipótese de que tenha coexistido com os Neandertais e humanos modernos. Com efeito, a presença dos Neandertais nas montanhas Altaicas há 40 000 anos já foi documentada e Anatoli Derevianko da Academia das Ciências Russa, descobriu evidências da ocupação da região por humanos modernos.

A reprodução cruzada entre o novo membro da subfamília Homininae e os Neandertais e humanos modernos parece, à partida e com base na comparação dos vários materiais genéticos, não ter acontecido mas “são necessários mais dados de outras partes do genoma ou de outros fósseis para que se tirem conclusões definitivas”, explica Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres.

Fonte: news.bbc.co.uk

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