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Forum de Estudantes de Biologia da Universidade do Porto


    Ciência da U. Porto bisa na “Nature”

    Varicela
    Varicela

    Número de Mensagens : 853
    14062010

    Ciência da U. Porto bisa na “Nature” Empty Ciência da U. Porto bisa na “Nature”

    Mensagem por Varicela

    http://noticias.up.pt/catalogo_noticias.php?ID=5152

    Ciência da U. Porto bisa na “Nature”
    E se os tubarões não nadassem ao acaso? Quais as origens genéticas do povo judeu? Desde o passado dia 9 de Junho, as respostas a ambas as questões podem ser encontradas nos dois artigos assinados por investigadores da Universidade do Porto na mais recente edição da revista "Nature", uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo.

    Dos dois artigos, começa por se destacar o que reporta as conclusões de um estudo onde se lançam novas luzes sobre o comportamento dos tubarões e de outros predadores pelágicos, com enfoque no modo como aqueles predadores se deslocam no oceano. "Havia a ideia de que o movimento dos tubarões é aleatório, o que não é verdade", adianta Nuno Queiroz, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da U.Porto (CIBIO), co-autor do artigo em parceria com cientistas ingleses, suíços e americanos.

    "Se um tubarão estiver numa zona com muito alimento, tende a manifestar comportamentos aleatórios. Já se estiver à procura de presas, faz Léevi flights [tipo de movimento aleatório especializado, caracterizado por muitas deslocações pequenas ligadas a mergulhos profundos]", acrescenta o investigador que, entre 2006 e 2007, monitorizou o movimento de vários tubarões azuis através de telemetria por satélite.

    Além dos avanços que representa ao nível da compreensão do comportamento dos tubarões, o estudo que envolve Nuno Queiroz pode constituir uma ajuda importante ao nível da conservação daquelas espécies. "Com este trabalho percebemos em que alturas é que os tubarões migram e de que forma é que respondem ao impacto da pesca e às mudanças climáticas. A partir daí, podemos desenvolver programas de protecção nas zonas atingidas", explica o cientista.
    Das profundezas dos oceanos até à região do Levante, no Médio Oriente (costa mediterrânica de Gaza) 1000 anos a.C., é o percurso a traçar ao encontro das raízes genéticas da maioria das comunidades de judeus que povoam o planeta. Esse é o principal resultado de um estudo desenvolvido por 21 cientistas, entre os quais figura Luísa Pereira, investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP) e da Faculdade de Medicina da U.Porto.

    Fruto de dois anos de recolha e análise de dados em vários pontos do planeta (incluindo Portugal), o trabalho agora publicado recorre às mais avançadas técnicas da genética populacional. “Até agora, só conseguíamos estudar linhagens maternas e paternas, mas neste estudo já foi possível estudar a variabilidade genética dos cromossomas que se localizam no núcleo, o que permite inferir com maior probabilidade as populações ancestrais que deram origem aos judeus”, nota Luísa Pereira. Resultado: “Todas as comunidades estudadas, excepto duas na Etiópia e na Índia, têm forte ligação genética aos judeus do Levante”.

    Para lá do interesse que comporta ao nível da caracterização da história de uma população fortemente marcada pelos seus fluxos migratórios, a investigação abre portas à compreensão de várias doenças características dos povos judaicos. “Muitos membros dessas comunidades foram obrigados a ter casamentos dentro da comunidade, o que levou a que se gerassem patologias específicas entre as populações”, remata Luísa Pereira.

    A presença de dois artigos com chancela da U.Porto nas páginas da “Nature” representa o reconhecimento internacional da qualidade do trabalho desenvolvido pelos centros de investigação da universidade. Com o estatuto de maior produtor científico nacional, a U.Porto contribui hoje com mais de um quinto (22,5%) dos artigos científicos publicados por instituições portuguesas em publicações nacionais e internacionais (dados de 2009).

    Por enquanto, os artigos assinados pelos dois cientistas da Universidade Porto apenas se encontram disponíveis na edição online da “Nature”. A públicação da versão impressa está prevista para as próximas semanas.
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    Pseudo-boss

    Mensagem Seg 21 Jun 2010, 12:42 por Pseudo-boss

    é bom ter mos a noçao que qualquer um de nós pode chegar a este nivel Smile
    viva a nossa universidade !

      Data/hora atual: Qui 16 maio 2024, 16:42