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Árvores promovem fogos florestais como estratégia de competição (02-11-09)
Um estudo concluiu que existem ciclos de retorno positivo entre os fogos e as árvores associadas a savanas que tornam os fogos mais prováveis do que o normal nestes ecossistemas, o que resulta num bloqueio da sucessão que nunca atinge o estado de bosque denso.
Um estudo recente publicado na revista The American Naturalist apresenta uma teoria que permite explicar o estabelecimento de savanas em paisagens que tenderiam naturalmente a transformar-se em bosques cerrados.
Segundo os autores, investigadores da Universidade de Vermont, da Universidade Estatal do Louisianna e da Universidade do Tennessee, há casos em que se formam ciclos de retorno positivo entre o fogo e certas espécies de árvores que impedem que o ecossistema evolua para um bosque denso.
Com efeito, a promoção do fogo por algumas espécies típicas de savana facilita o aumento da sua abundância limitando o estabelecimento e crescimento de espécies mais competitivas e que facilmente ocupariam o seu lugar. Os resultados parecem indicar então que algumas árvores modificam o seu ambiente, alterando neste caso a frequência dos fogos, para promover a sua persistência à custa dos seus competidores.
Exemplos de espécies de árvores que promovem a ocorrência de fogos de baixa intensidade incluem a Pinus palustris e a Pinus elliotti var. densa, que deixam cair as suas agulhas que alimentam os fogos. A árvore de savana invade inicialmente o prado, mas ao promover fogos frequentes limita a sua própria densidade impedido a conversão em floresta.
Fonte: www.sciencedaily.com
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